sexta-feira, 25 de outubro de 2013 @ 14:19
E eu nem sei porque é que estou escrevendo. Acho que é pra tapar o vazio.
Vejo tanta gente por aí, tantas histórias, tantas vidas e ideias, e nada parece como antes. É que eu sou muito dramática, impulsiva e emotiva. Sinto demais, sofro demais, amo demais, me desespero demais, e assim toda essa história de todo mundo ser mais legal se concretiza, isso que atrapalha. É muita pretensão, muito julgamento, e muita alienação envolvida.
Conheci uma pessoa. Ana.
Ana ria por conseguir se manter íntegra tendo apenas a si mesma, chorava, ria, dançava, tudo isso sozinha, e era feliz. Ana era um máximo, se sentia alegre por estar sendo, apenas isso. Ana não sentia que era boa o suficiente, mas ainda sim era feliz. Ana chorava por não saber da vida, e mesmo assim cantava no chuveiro. Ana achava triste as pessoas no metrô tão sozinhas, mas era como todas elas. Ana era contradição, Ana era eu. (e agora, o que sou eu? quem é Ana?)
Há uma infinidade de coisas, momentos e histórias que guardo em mim, e não parece que está cabendo mais, tudo parece demais, mas nada é bom o suficiente. Ainda sim estou viva, dançando sozinha no quarto e cantando pra espantar os males, mesmo assim, de uns dias (meses, talvez) pra cá tudo mudou drasticamente e eu tento acompanhar essa vida, esse ritmo, estas saudades, sinestesias.
Outra vez não sei porque escrevi, só queria ser ouvida, e como ninguém nunca escuta, cá estou eu.
Alone on a bicycle for two from irenafreitas on 8tracks Radio.