domingo, 8 de dezembro de 2013 @ 17:05
Ai ai, Ana Beatriz, lá vem você fazendo mais um post clichê com essa história de tapar buracos... E eis que:

[eu poderia ter a vida como a de tanta garota da minha escola, do meu bairro, e até mesmo as minhas amigas, mas estou em processo de desconstrução, e não quero continuar assim] Eu quero mesmo é mudar de ideia, quero a minha bagunça e a infinitude que é esse mundo, essas músicas, essas pessoas. Que meu corpo seja uma casa, que eu reboque os tijolos, pinte as paredes, traga visitas, possa apagar as luzes, mudar os móveis de lugar e mudar a casa de espaço às vezes, quase sempre.

Gosto de pensar que a minha vida é um filme dirigido pela Sofia Coppola, que a minha vida tem graça, que meus dramas são válidos, as choradas em frente ao espelho valem uma trilha sonora triste, e os momentos de solidão pedem um close nos meus olhos buscando respostas nas estrelas do teto do quarto. Talvez a trama precise de personagens novos, personalidades de revirar qualquer enredo, de emocionar o público, mas não pense que eu preciso de um herói pra mudar a história. O herói sou eu, e se fosse pra ser salva, seria apenas da dor eminente que às vezes me invade, tirando isso eu estou bem, autossuficiente, independente de alguém. Eu faço minha história e a desconstruo. Eu cometo minhas falhas, aprendo e convivo com estas.

Hora ou outra me vem aquele pensamento de "o que é que eu tô fazendo com a minha vida?" ou então aquele sentimento de não ser bom o suficiente, mas o que realmente acontece é que todo mundo se sente assim, meio bobo querendo se encontrar, então o que me invade é a certeza de que eu estou no caminho certo, em meio aos trancos e barrancos, ouvindo músicas bonitas e lembrando da Frida Khalo, do meu irmão, procurando as músicas do chico, mas eu vou indo por aí,
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