quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014 @ 14:20
Acho que perdi a mão de escrever, ou novamente a vontade.
Olho pra dentro e vejo uma constelação, o mundo entre os meus átrios, e meu coração engaiolado na prisão que eu tento ser, todos prontos para sair feito poesia ou só para se precipitarem em outras galáxias, outras mãos, outros olhares, outras vozes, outros eus, outros alguéns.
Mas eu estou em processo de expansão, e o mundo é tão pequeno da minha janela.
A imensidão do azul não cabe mais nesse apartamento, não cabe mais em mim, mesmo que seja o mais próximo que eu tenho das estrelas. Ainda sim é     l    o     n    g    e,      lonnnnnnngo, mas plausível.
E eu não vou ficar mais me precipitando, chorando pela vida que existe no mundo, enquanto eu a observo passar, cantando coisas de amor, NÃO!  [isso é um basta] e me recuso a ser menos do que eu quero, me recuso a ver os velhos do condomínio morrer sem dar um abraço voraz na vida, me recuso a passar a noite do sábado com o dominó, e a tevê

A vida é tão curta pra isso. Tão tangível, e é isso o que levo na mala: a incerteza do futuro, e a promessa do presente.
E de novo, eu nem sei porque escrevi,
é só pra talvez deixar o coração mais leve,
e sair por aí pra dançar,
pra me amar
amar
a mar
ir ao mar [tantos outros mares]

porque você leu o título do blog, e eu estou prestes a navegar, E navegar é mais que preciso, viver que não é preciso, mas mesmo assim eu vivo, ah! e como vivo

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